Sabemos há bastante tempo que o Facebook (e Instagram) vem diminuindo o alcance orgânicos dos conteúdos e que quem mais sofre com isso obviamente são as marcas (especificamente os anunciantes) que investem uma parte de seu orçamento na rede mensalmente. O algorítmo que muda frequentemente suas “preferências” é quem dita as regras do jogo e sim, temos que ficar atentos a ele para usar nossos esforços e continuar melhorando o desempenho de nossos clientes na plataforma.
Com base nessas mudanças, Rafael Kiso (fundador da mLabs, MídiaNext e CMO do Grupo Focusnetworks) escreveu um artigo para o portal AdNews muito interessante onde comentou sobre o tema e trouxe dicas simples de como “sobreviver” às reviravoltas das mídias de Mark. Confira:
“Quando Zuckeberg anunciou que iria promover mais os conteúdos pessoais do que as notícias e conteúdo orgânico das marcas, ele mostrou para os meros 2,13 bilhões de usuários que quer manter a essência do Facebook e seguir com o propósito de aproximar mais as pessoas. No entanto o anúncio [...] tem um efeito imediato para o aumento do faturamento do negócio, pois ele está “governando” para a maioria e forçando as marcas a colocarem mais dinheiro para alcançar seu público alvo. Fato que houve queda nas ações após o anúncio, mas em médio prazo o faturamento será mais ascendente.
Olhando pela ótica das marcas, o fato objetivo é que o Facebook ainda continua sendo o canal de mídia com o melhor custo benefício quando comparado com qualquer outro meio digital ou tradicional. Seu nível de precisão de segmentação chega a ser assustador [...].
Considerando a máxima de que as marcas devem estar nos canais onde seu público está, certamente elas devem permanecer no Facebook, e Instagram diga-se de passagem. Apesar da rede social ter perdido 1 milhão de usuários nos EUA no quarto trimestre de 2017, eles ganharam 32 milhões em todo o mundo no mesmo período. O Facebook conseguiu elevar para US$26,76 a receita obtida com cada usuário norte-americano e canadense, uma alta de 35% em relação ao ano anterior.
Posto o cenário, seguem as possibilidades imediatas do que pode acontecer e como reagir a elas.
Inflação do uso de micros influenciadores digitais no Instagram
Aqui Kiso mostra que com a queda orgânica das páginas uma maneira bacana de “burlar” o sistema seria direcionando suas estratégias para parcerias com Micro influenciadores.
“Com a estratégia certa, parcerias com influenciadores podem beneficiar os negócios a médio prazo e ir além das vendas. Aqui vale o pensamento de como co-criar conteúdo original com eles.
Como no Instagram a maioria dos perfis dos influenciadores ainda são pessoais e não do tipo “business”, o espelhamento do algoritmo do Facebook deve acontecer mais lentamente. Ao passo que, como “pessoas reais”, o conteúdo deles deve ser priorizado nos feeds e eles ganharão mais atenção do público.”
Inflação do valor dos anúncios no Facebook
Nesse ponto ele menciona que conforme o alcance orgânico do Facebook cai, cada vez mais as marcas são obrigadas a investir para obter mais alcance. Uma das variáveis para o cálculo dos anúncios é o leilão da concorrência que, com mais marcas anunciando, consequentemente mais concorrentes haverão no sistema e a probabilidade é de que a mídia encareça.
Sua recomendação para manter a performance é “fazer menos posts e concentrar a verba neles. O mínimo recomendável é atingir 15% do inventário de mídia em cada post”, além é claro de usar uma plataforma adequada para mensurar o alcance total da página, tanto o orgânico como o pago.
Posts de Páginas que gerem conversas aparecerão antes no feed
“É fato que de o conteúdo ainda é rei, assim como é fato de que com algumas moedas de ouro esse rei consegue falar com mais gente, porém, o anúncio do Zuckeberg contém uma dica valiosa para as marcas pensarem o seu conteúdo ao declarar que os posts de páginas que gerarem mais conversas aparecerão com prioridade no Feed de Notícias.
Portanto, obter comentários pode ser uma prioridade quando for pensar nas pautas dos conteúdos. Pense também nos vídeos ao vivo, pois normalmente eles motivam mais discussões entre a audiência e têm, em média, até seis vezes mais interações do que vídeos comuns.
Rafael também ressalta que o uso de técnicas “manjadas” para aumentar o engajamento como pedidos de comentários, likes e cliques, continuarão sendo encaradas como técnicas maliciosas pelo algoritmo e a sua página pode ser rebaixada no feed.
O fato agora Explor@dor é manter-se (como de costume) atento e buscar esses “hacks” para continuar levando conteúdos bem produzidos às pessoas.
Valeu pelo papo,
Lu 🖖🏻
Fonte: publicação do portal AdNews em parceria com Rafael Kiso.
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