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  • Mariana Scherma

Empresas brasileiras criadas por mulheres

A ideia pode ter nascido com elas ou também podem ter pego algum negócio já existente e elevado à máxima potência. Conheça histórias inspiradoras!


O negócio pode ter surgido de um excedente de tecido ou da necessidade de ter um produto para cabelos crespos, quando os cosméticos apostavam em produtos para fios lisos. O fato é que há muitas empresas brasileiras criadas por mulheres prosperando mais e mais. Criatividade, garra e empenho não faltaram a essas profissionais. As histórias bem-sucedidas a seguir vão fazer você querer empreender – e já!


Beleza Natural Por volta de 1993, existia pouca coisa no mercado para cabelo cacheado ou crespo. E foi nesse cenário que a Beleza Natural deu seus primeiros passos. A empresa teve início quando Zica Assis começou a testar produtos e fórmulas específicas para cabelos cacheados e crespos. Isso há 20 anos foi inovador – o predomínio era de produtos para fios lisos. No começo, o negócio ficava em uma salinha de 30m² que recebia imensas filas na porta, tudo tocado por Zica e mais três sócios. A sacada da Beleza Natural foi criar produtos de acordo com as necessidades dos clientes de comunidades. Os criadores das marcas também viviam em comunidades e sentiam as dores de quem tinha cabelo crespo, mas não encontrava produtos que favorecesse esse tipo de fio.


Insecta Shoes

A marca gaúcha de sapatos veganos Insecta Shoes foi criada por três mulheres, Bárbara Mattivy, Pamella Magpali e Laura Madalosso, e nasceu com a missão de ser sustentável, usando fios orgânicos, pigmentos naturais e reaproveitamento de retalhos. Bárbara tinha um brechó on-line e Pâmela tocava uma loja de sapatos artesanais, veio daí a ideia de reutilizar os tecidos para criar sapatos unissex. E como reaproveita tecidos, a Insecta não produz um sapato igual ao outro e aposta no upcycling, tendência que via o reuso criativo de materiais. O desafio consiste nos preços, já que reaproveitar material acaba custando tanto quanto usar materiais novos. Mesmo assim, a Insecta já conta com pontos de vendas em Zurique, na Suíça e nos Estados Unidos (em Los Angeles e Nova York), além de várias pop up stores pelo Brasil


Magazine Luiza Nascida e criada em Franca, Luiza Trajano usou a sensibilidade da mãe e o empreendedorismo da tia, também chamada Luiza, para alavancar a loja fundada pelos tios em um dos maiores varejistas do Brasil, o Magazine Luiza. “Comecei a trabalhar no varejo aos 12 anos porque queria comprar presente de Natal para as pessoas de quem eu gostava. Com o dinheiro das comissões, eu consegui. Todo mundo que trabalha vende algo para alguém. No Magazine Luiza, durante cinco anos, todo mundo tinha o cargo de vendedor no crachá. Isso é motivo de orgulho e não de vergonha”, contou ao site da Endeavor.


Empório da Papinha A primeira rede de lojas de papinhas orgânicas do Brasil foi uma iniciativa da empresária Maria Fernanda Rizzo. Ela havia acabado de ter um filho, trabalhava como professora e ainda fazia mestrado. Maria Fernanda se questionou se não havia algum serviço que vendesse as papinhas orgânicas já prontas. E não existia nada assim no Brasil. Foi aí que Maria Fernanda estudou o mercado por mais de um ano e, com o apoio do marido, criou a primeira empresa de papinhas orgânicas do Brasil: o Empório da Papinha. Hoje, a marca conta com mais de 30 lojas espalhadas por todo o território nacional.


Dudalina

Um problema: excesso de tecido comprado pelo seu Duda, que provavelmente não seria vendido. dona Lina, a esposa, resolveu, então, descosturar uma das camisas da loja e pedir para costureiras que conhecia fazerem camisas com o tecido que ficaria “encalhado”na loja. Numa mesma tarde, três camisas foram vendidas. E dona Lina viu a oportunidade de criar a Dudalina, isso em 1957. Os dois eram pais de Sônia Hess e de mais 11 homens. Mas foi Sônia quem assumiu a presidência da camisaria fundada pelos dois. Atualmente, a Dudalina é a maior exportadora de camisas do país.

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